A RAPARIGA QUE ROUBAVA LIVROS de Markus Zusak
Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse
em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros,
vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde
ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é
por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove
anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte
no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro,
o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as
dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda
não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que
passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do
passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar
livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco
sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada
frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela
originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no
coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.
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